quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

As dez melhores atrações da televisão em 2011: uma retrospectiva

Ainda Seguindo a linha de MAURICIO STYCER, agora ele destaca das 10 melhores atrações da televisão no ano de 2011. Segundo Mauricio em 2011 tiveram mais coisas boas que ruins, e a lista dele está dividida em 3 partes. Esta é a top 10 da TV brasileira. Leia a matéria e comente.



1. Cordel Encantado: Salpicada de elementos da literatura de cordel e dos contos de fada, a história de Duca Rachid e Thelma Guedes foi o destaque em teledramaturgia. A novela das 18h da Globo  teve elenco bem escalado, ótimo texto, direção de verdade, fotografia com padrão de cinema, figurinos e iluminação impecáveis. Com a difícil tarefa de sucedê-la, “A Vida da Gente”, de Licia Manzo, não fez feio, muito pelo contrário. E “Fina Estampa”, de Aguinaldo Silva, teve o mérito de reconquistar o público do horário das 21h com uma história bem popular e divertida.


2. Chegadas e Partidas: O GNT marcou um gol com a adaptação deste reality show holandês. Apresentado com sensibilidade por Astrid Fontenelle, o programa conta breves histórias de gente transitando pelo aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Os fragmentos de realidade exibidos conquistaram o público, levaram a emissora a providenciar uma segunda temporada ainda em 2011 e garantiram um lugar para o programa na grade no ano que vem.


3. Agora é Tarde: O humorista Danilo Gentili se reinventou à frente do talk show lançado pela Band. Mostrou talento como entrevistador e deixou de lado a imagem algo truculenta de seus tempos no “CQC”. O programa conquistou a audiência, ganhou espaço de outras atrações da casa e ainda obrigou Jô Soares a dar uma sacudida em seu talk show.


4. Jogos Pan-Americanos: Maior investimento da Record em 2011, a cobertura da competição continental em Guadalajara foi um aperitivo do que o brasileiro verá na tela nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Ao adquirir com exclusividade o direito de transmissão destes dois eventos, a emissora rompeu com uma hegemonia histórica da Globo nesta área.


5. O Astro: A pressão da concorrência levou a Globo a investir na sua programação de fim de noite. Não foi um “remake”, uma novela refeita, nem uma condensação dos 180 capítulos originais de Janete Clair para os 60 exibidos. Foi um tributo, escrito por Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, com grande atuação de Regina Duarte, a uma novela que simboliza os melhores momentos da teledramaturgia.


6. Jornal Sensacionalista: A ousadia que faltou à Globo, levando ao cancelamento dos programas “Aline” e “Junto e Misturado”, sobrou ao Multishow. O “Jornal Sensacionalista” foi uma das boas apostas em humor inteligente, debochado e, de quebra, repleto de referências ao conservador telejornalismo brasileiro.


7. Furo MTV: Apresentado por Dani Calabresa e Bento Ribeiro, o programa comemorou a sua 500ª edição. Segue como uma das melhores atrações da emissora e um dos raros programas no ar com coragem de rir abertamente da baixa qualidade da televisão brasileira, do grotesco mundo de celebridades e da própria MTV.


8. Esquenta! : Com referências a Chacrinha e Jorge Perlingeiro, um cenário colorido, sambistas do primeiro time e a alegria de sempre, Regina Casé encontrou num programa de auditório dominical o ambiente ideal para vender alto astral e otimismo. “Porque tem a sina de ser popular”, canta Arlindo Cruz no samba feito para ser música-tema do programa. Já de volta à grade da Globo, neste final de 2011, “Esquenta!” mostra que Regina tem condições de virar atração fixa na programação da emissora.

9.Seriados: Várias emissoras apostaram no formato em 2011. O maior investimento foi feito pela Globo, com muitos altos e baixos, como é normal. Gostei de “Divã” e “Tapas & Beijos” , entre outras. A TV Brasil também fez um esforço significativo, exibindo três seriados no ano, dos quais eu destaco “Natália” e “Vida de Estagiário”. Digno de nota, igualmente, “Modern Family”, uma das melhores séries americanas recentes, chegou à segunda temporada no canal pago Fox.


10. Roda Viva: Um dos mais importantes programas de entrevistas da TV brasileira, o “Roda Viva” perdeu as suas principais características e a sua importância ao ser reformulado em 2010. A mudança não deu certo e, um ano depois, a TV Cultura resolveu ressuscitar o formato antigo, agora com apresentação do jornalista Mario Sergio Conti. Foi uma rara boa notícia vinda da emissora pública paulista, que cortou custos, demitiu funcionários e cancelou programas no ano.

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